top of page

Introdução à Deflação

  • Writer: Edgar L. Quintas
    Edgar L. Quintas
  • Sep 4, 2023
  • 3 min read
A deflação corresponde a uma redução nos preços de bens e serviços, funcionando como o oposto da inflação, que implica o aumento dos preços desses mesmos bens e serviços.
crise económica

Provavelmente, já tenhas ouvido falar sobre a Inflação, conhecida por ser uma ameaça aos trabalhadores e poupadores, e pelo seu pontecial de corroer economias pessoais e aumentar dívidas. A inflação se caracteriza pelo aumento dos preços e pela redução do poder de compra.


No entanto, existe um outro fenómeno oposto da inflação, que representa um risco ainda maior para as economias, a chamada deflação.



O que é a Deflação?

mercado. demanda em produtos

A deflação é um fenómeno económico caracterizado pela queda generalizada e sustentada dos preços dos bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Isso significa que, os consumidores podem comprar mais bens e serviços com a mesma quantidade de dinheiro, pois o poder de compra da moeda aumenta, fazendo com que um kwanza vale mais.


A princípio, a deflação pode parecer benéfica, porém, seus efeitos podem ser tanto positivos quanto negativos. Em um período de alta produtividade e avanços tecnológicos em uma determinada indústria, os preços tendem a cair devido à maior eficiência na produção.


A má deflação ocorre quando a demanda geral diminui ou a quantidade de dinheiro em circulação diminui, o que frequentemente sinaliza o início de uma recessão. É importante notar que a deflação nem sempre é ruim.


A deflação pode ser desencadeada por diferentes factores, como a escassez de dinheiro, o aumento da oferta de produtos ou a estagnação do crescimento da quantidade de moeda em circulação. A deflação também pode ocorrer naturalmente em uma sociedade altamente produtiva.



O que ocorre durante a Deflação?

pessoa a pensar em dinheiro

Durante períodos de deflação, uma série de fenômenos relacionados à psicologia do consumidor e às taxas bancárias, entre outros, entra em cena. Frequentemente, os consumidores aproveitam a oportunidade de adquirir produtos a preços mais acessíveis, porém, se os preços diminuírem de maneira rápida e contínua, é possível que eles adiem gastos na expectativa de obter preços ainda melhores para os itens desejados.


O valor de determinados bens e a saúde das indústrias podem ter um impacto significativo nas decisões de investimento. Esses factores, em geral, contribuem para a criação de um cenário recessivo. Os gastos mais baixos resultam em menos investimentos empresariais e salários mais reduzidos, o que pode levar a um aumento acentuado do desemprego.


De forma a atrair clientes, as empresas buscam reduzir os preços de bens e serviços, enquanto o governo busca enfrentar essa situação por meio da diminuição das taxas de impostos. Em decorrência da percepção de custos mais baixos para os produtos, as pessoas começam a contrair dívidas, acumulando passivos financeiros.


Essa dinâmica também representa um desafio para as instituições bancárias, que também sofrem com sobrecargas financeiras. Em casos mais extremos, alguns depositantes podem optar por retirar seus fundos em caso de falência do banco, o que pode resultar na falta de reservas adequadas, levando à insolvência das instituições financeiras.


Isto faz com que todos percam liquidez da moeda, apenas piorando a situação e entrando numa espiral descendente. A deflação pode ser mais perigosa do que a inflação porque as taxas de juros podem baixar consideravelmente, podendo chegar a 0%, dependemente do país.


Em resumo, a deflação é um fenómeno económico profundo que tem o potencial de impulsionar ou esmagar um país. Os consumidores se beneficiariam inicialmente devido a diminuição do custo dos produtos, o que os estimularia a gastar mais e mais.


Em contrapartida, os bancos veriam a perda de uma das suas principais fontes de receitas (os empréstimos), uma vez que, empresas poderiam declarar falência (diminuição da quantidade de dinheiro que recebem), cancelando assim as suas dívidas e criando perdas para os bancos.


Aprender com a situação de outros países pode ajudar-nos a evitar estes erros no futuro.

Comments


bottom of page